Nome: Lee Jun-fan
Nasceu: 27 de novembro de 1940 / São Francisco, Califórnia
Signo: Sagitário
Altura: 1,72
Peso: 62kg
Fortuna: Aprox. 10M
Olhos: Negros
Calçado: 39
Nacionalidade: sino-americano
Criança: 2
Cônjuge/Esposa: Linda Emery ( 1964 / 1973 )
Ocupações: artista marcial, ator, diretor de cinema, produtor cinematográfico, coreógrafo de artes marciais, roteirista, filósofo, autor, instrutor de artes marciais, praticante de tai chi chuan e bailarino de chá-chá-chá.
Faleceu: 20 de julho de 1973 (32 anos) – Kowloon, Hong Kong britânico
Introdução
Lee Jun-fan em chinês tradicional: 李振藩 , é conhecido mundialmente como Bruce Lee, ele foi o fundador do Jeet Kune Do, consiste em uma filosofia híbrida de artes marciais derivada de diferentes disciplinas de combate, sendo muitas vezes creditada por pavimentar o caminho para as Artes Marciais Mistas. Lee é considerado o artista marcial mais influenciavel de todos os tempos e um ícone da cultura pop do século XX, que fez a ponte entre o Oriente e o Ocidente. Ele é admirado por mudar a maneira de como os chineses eram reperesentados nos filmes americanos. Sua mãe Lee Hoi-chuen era uma estrela de ópera cantonesa nascido nos Estados Unidos, e criado em Kowloon, pois seus pais eram de Hong Kong, por isso foi criado com sua família lá. Desde muito cedo seu pai o levou à indústria cinematográfica e assim ele apareceu em vários filmes como ator infantil. Aos 18 anos ele voltou para os Estados Unidos para estudar na Universidade de Washington em Seattle, foi quando ele começou a ensinar artes marciais. Seus filmes produzidos em Hong Kong e Hollywood elevaram o tradicional filme de artes marciais a um novo nível de popularidade e aclamação, tendo despertado um grande interesse na nação chinesa, que se mantém até os dias atuais. Lee trouxe a mudança para melhor nos filmes de artes marciais, influenciaram e mudaram radicalmente os filmes de artes marciais e as artes marciais em geral em todo o mundo.
Ele foi conhecido por seus papéis em cinco longas-metragens de artes marciais no início dos anos 70: The Big Boss (O Dragão Chinês, 1971) e Fist of Fury (A Fúria do Dragão, 1972), de Lo Wei; The Way of the Dragon (O Voo do Dragão, 1972), da Golden Harvest, dirigida e escrita por Bruce Lee; Enter the Dragon (Operação Dragão, 1973), da Warner Brothers e da Golden Harvest, e Game of Death (Jogo da Morte, 1978), ambas dirigidas por Robert Clouse. Lee se tornou uma figura icônica ficou conhecido em todo o mundo, especialmente entre os chineses, com base em sua representação do nacionalismo chinês em seus filmes e entre asiático-americanos, por desafiar os estereótipos associados ao homem asiático emasculado. Ele treinou a arte do Wing Chun e, mais tarde, combinou suas outras influências de várias fontes no espírito de sua filosofia pessoal de artes marciais, que ele apelidou de Jeet Kune Do (O Caminho do Punho Interceptador).
Biografia
Primeiros anos
Bruce Lee nasceu no ano e na hora do lendário dragão chinês, no Hospital Chinês de Chinatown, em São Francisco, na Califórnia, durante uma turnê de ópera chinesa, da qual seus pais eram integrantes. Com apenas 3 meses de vida voltou para Hong Kong, cresceu e viveu lá até o fim de sua adolescência. Seu pai se chamava Lee Hoi-chuen, e sua mãe, Grace Ho. Bruce foi o quarto de cinco filhos. Por seus pais serem artistas da ópera chinesa, Bruce atuou em vários filmes chineses durante sua infância.
Nomes
Seu nome de nascimento é Lee Jun-fan (chinês tradicional: 李振藩). Que significa “retornar de novo”. Sua mãe que escolheu o nome, que dizia sentir que ele retornaria aos Estados Unidos quando tivesse idade para tanto. Por causa do espírito supersticioso da sua mãe, ela o apelidou de Sai-fon (細鳳), que é um nome feminino que significa “pequena fênix”. O nome em inglês “Bruce” fora dado pela médica do hospital, Mary Glover. Bruce Lee tinha outros três nomes em chinês: Li Yuanxin (李源鑫), um nome de família; Li Yuanjian (李元鑒), um nome de estudante enquanto ele cursava em La Salle College, em Hong Kong; e seu nome artístico, Li Xiaolong (李小龍; Xiaolong significa “pequeno dragão”).
O nome de batismo de Bruce Lee, Jun-fan, era escrito originalmente 震藩. Porém, o caractere chinês Jun (震) era idêntico ao de uma parte do nome de seu avô, Lee Jun-biu (李震彪). Então, o caractere chinês para Jun no nome de Lee fora mudado para o homófono 振, para evitar o tabu nominal dentro da tradição chinesa.
Família
O pai de Bruce, foi um dos maiores intérpretes de ópera cantonesa e ator do cinema chinês. Nas vésperas da invasão japonesa em Hong Kong, ele completava um ano de turnê com a ópera cantonesa durante a Segunda Guerra Mundial. Lee Hoi-chuen durante muitos anos ficou em turnê nos Estados Unidos, realizando apresentações em inúmeras comunidades chinesas. Depois de sua esposa dar a luz ele decide voltar para Hong Kong, em 1940. Poucos meses depois de retornarem para Hong Kong, a cidade foi invadida e viveu três anos e oito meses sob ocupação japonesa. A família Lee sobreviveu razoavelmente bem aos tempos de guerra. Com o fim da guerra, o pai de Bruce decidiu retomar sua carreira de dentista e se tornou uma estrela de maior sucesso durante os anos de “reconstrução” de Hong Kong.
Sua mãe pertencia ao clã os Senhores de Ferro, um dos mais ricos e poderosos em Hong Kong. O patriarca do clã Sir Robert Ho-tung, era o tio da mãe de Bruce, era um importante empresário euro-asiático de Hong Kong. Por esta razão, Bruce Lee cresceu num ambiente rico e privilegiado. Também pelo lado materno, Lee tinha parentesco com Stanley Ho, um importante magnata de casinos de Macau.
– Dos anos 1940 a 1958: Primeiros papéis, estudo e iniciação nas artes marciais
Lee foi apresentado ao mundo do cinema desde muito jovem e apareceu em vários filmes quando criança. O filme Golden Gate Girl foi onde ele teve o seu primeiro papel como bebê. Aos nove anos, ele coestrelou com seu pai em The Kid de 1950, baseado em um personagem de quadrinhos. Foi seu primeiro papel principal. Com seus 18 anos já havia aparecido em 20 filmes.
Após estudar na Tak Sun School que ficava a dois quarteirões de sua casa, na 218 Nathan Road, Kowloon, Lee entrou numa rígida escola para cursar o ensino médio, a La Salle College, entre 1950 e 1952 ao seus 12 anos. Em 1956, ele foi transferido para o St. Francis Xavier’s College, devido ao fraco desempenho acadêmico e possivelmente a uma má conduta, onde seria orientado pelo irmão Edward, professor e treinador da equipe de boxe da escola.
Depois de se envolver em várias lutas de ruas, seus pais decidiram que ele precisava ser treinado em artes marciais. O amigo de Lee, William Chemung, o apresentou a Yip Man, mas ele foi rejeitado por causa da regra de longa data no mundo das artes marciais, aonde chinesas de não poderiam ensinar estrangeiros. Sua formação de um quarto alemã por parte de sua mãe seria um obstáculo inicial para seu treinamento de Wing Chun; no entanto, com a recomendação de Cheung, Lee foi aceito na escola. Lee começou a treinar Wing Chun com Yip Man. Yip tentou evitar que seus alunos lutassem nas gangues de rua de Hong Kong, incentivando-os a lutar em competições organizadas. Depois de um ano de treinamento de Wing Chun, a maioria dos outros alunos de Yip Man se recusou a treinar com Lee porque soube da sua ascendência mista (os chineses eram contra o ensino de suas técnicas de artes marciais a não asiáticos). O sparring de Lee, Hawkins Cheung, afirma: “Provavelmente, menos de seis pessoas em todo o clã Wing Chun foram ensinadas pessoalmente, ou mesmo parcialmente ensinadas, por Yip Man“. Mas Lee mostrou um grande interesse no Wing Chun e continuou a treinar em particular com Yip Man, William Cheung e Wong Shun-leung.
Bruce Lee venceu o Torneio Interescolar de Boxe de Hong Kong em 1958, eliminando Gary Elmso na final, ocampeão anterior. Também foi dançarino, tendo vencido o Campeonato de Chá-chá-chá da Colônia da Coroa Britânica no mesmo ano.
Dos anos de 1959 a 1964: Estudos contínuos e descoberta das artes marciais
Até o fim de sua adolescência, as brigas de rua se tornaram mais frequentes e incluíam bater no filho de uma temida tríade familiar. Em 1958, depois que alunos de Choy Li Fut, uma escola rival de artes marciais, desafiaram a escola de Wing Chun de Lee, ele se envolveu em uma luta em um telhado. Ao um soco injusto de outro menino, Bruce espancou-o tanto que ele arrancou um dente do garoto, levando os pais do menino a uma queixa à polícia. A mãe de Lee teve que ir a uma delegacia de polícia e assinar um documento dizendo que ela assumiria total responsabilidade pelas ações de Bruce se eles o libertassem sob sua custódia. Ela não contou o incidente ao marido, mas sugeriu que Bruce, sendo cidadão americano, voltasse para os Estados Unidos. O pai de Lee concordou, já que as perspectivas de Lee na faculdade, caso ele permanecesse em Hong Kong, não eram muito promissoras.
O detetive da polícia veio e disse: “Com licença, Sr. Lee, seu filho está realmente lutando mal na escola. Se ele entrar em apenas mais uma briga, eu terei que colocá-lo na prisão”.
— Robert Lee
Então, em abril de 1959, Lee foi para os Estados Unidos para ficar com Agnes Lee (李秋鳳), sua irmã mais velha, que já morava com amigos da família em San Francisco. Depois de vários meses, mudou-se para Seattle em 1959 para continuar seus estudos do ensino médio, onde também trabalhou para Ruby Chow como garçom em seu restaurante. O marido de Chow era colega de trabalho e amigo do pai de Lee. O irmão mais velho de Lee, Peter Lee (李忠琛), também iria a Seattle por uma curta estadia antes de ir para Minnesota para cursar a faculdade. Naquele ano, Lee também começou a ensinar artes marciais. Ele chamou o que ensinou de Jun Fan Gung Fu, literalmente o Kung Fu de Bruce Lee. Era sua abordagem ao Wing Chun. Lee ensinou amigos que conheceu em Seattle, começando com o praticante de judô Jesse Glover, que continuou a ensinar algumas das primeiras técnicas de Lee. Taky Kimura se tornou o primeiro instrutor assistente de Lee e continuou a ensinar sua arte e filosofia após a morte de Lee. O Instituto Lee Jun Fan Gung Fu, em Seattle foi a primeira escola de artes marciais aberta por Bruce Lee.
Em dezembro de 1960, Lee concluiu o ensino médio e recebeu seu diploma da Edison Technical School em Capitol Hill, em Seattle.
Lee matriculou-se na Universidade de Washington em marco de 1961 e estudou artes dramáticas, filosofia, psicologia e várias outras disciplinas. A especialização oficial de Lee era drama em vez de filosofia, de acordo com um artigo de 1999 na publicação de ex-alunos da universidade.
Após abandonar a faculdade em 1964, mudou-se para Oakland para morar com James Yimm Lee. James Lee era vinte anos mais velho que Bruce Lee e um conhecido artista marcial chinês na área. Eles fundaram juntos o segundo estúdio de artes marciais Jun Fan em Oakland. James Lee também apresentou Bruce Lee a Ed Parker, um artista marcial americano. Parker chegou a convidar Lee para o Long Beach International Karate Championships de 1964.
Lee teve uma disputa particular com Wong Jack-man, na Chinatown de Oakland, em 1964 um aluno direto de Ma Kin Fung, conhecido por seu domínio de Xingyiquan, Shaolin do Norte e T’ai chi ch’uan. Lee contou que, a comunidade chinesa emitiu um ultimato para ele parar de ensinar não chineses. Quando ele se recusou a obedecer, ele foi desafiado para uma partida de combate com Wong. O acordo era que se Lee perdesse, ele teria que fechar sua escola, enquanto se ganhasse, ele estaria livre para ensinar os brancos, ou qualquer outra pessoa. Wong negou, afirmando que pediu para lutar contra Lee depois que ele se gabou durante uma de suas manifestações em um teatro de Chinatown que ele poderia vencer qualquer um em San Francisco, e que o próprio Wong não discriminou os brancos ou outros não-chineses. Lee comentou: “Esse jornal tivesse todos os nomes dos sifu de Chinatown, mas eles não me assustam”. A luta durou de 20 a 25 minutos, segundo Wong e William Chen. Wong diz que, embora originalmente tivesse esperado uma luta séria, mas educada, Lee o atacou agressivamente com a intenção de matar. Quando Wong apresentou o tradicional aperto de mão, Lee pareceu aceitar a saudação, mas em vez disso, Lee supostamente empurrou sua mão como uma lança apontada para os olhos de Wong. Forçado a defender sua vida, Wong, no entanto, afirmou que se absteve de golpear Lee com força mortal quando a oportunidade se apresentou porque poderia ter rendido a ele uma pena de prisão, mas usou algemas ilegais sob as mangas. Algumas semanas depois da luta, Lee deu uma entrevista alegando que havia derrotado um adversário não identificado, o que Wong diz ser uma referência óbvia a ele.
Wong publicou seu próprio relato da luta no Chinese Pacific Weekly, um jornal em língua chinesa em San Francisco, com um convite para uma revanche pública se Lee não estivesse satisfeito com o relato. Lee não respondeu ao convite, e não houve mais anúncios públicos por parte de qualquer um, e Lee continuou a ensinar os brancos. Bruce tinha abandonado a carreira no cinema pelas das artes marciais. No entanto, uma exibição de artes marciais em Long Beach em 1964 acabou levando ao convite do produtor de televisão William Dozier para uma audição para um papel no piloto de “Number One Son” sobre Lee Chan, o filho de Charlie Chan. O show nunca foi materializado, mas Dozier viu potencial em Lee.
Dos anos de 1966 a 1970: papéis nos Estados Unidos e criação de Jeet Kune Do
De 1966 a 1967, Lee desempenhou o papel de Kato ao lado do personagem The Green Hornet (O Besouro Verde, no Brasil). O show durou apenas uma temporada de 26 episódios de setembro de 1966 a março de 1967. Lee e Williams também apareceram como seus personagens em três episódios crossover de Batman, série de televisão produzida por William Dozier.
O primeiro programa americano popular a apresentar artes marciais de estilo asiático foi o The Green Hornet, que levou o adulto Bruce Lee ao público americano. O diretor da série queria Bruce lutasse no estilo americano, usando punhos e socos. Como Lee é um artista marcial profissional, ele recusou, insistindo que ele deveria lutar no estilo de sua especialidade. No início, os movimentos muito rápidos de Lee não puderam ser capturados no filme, então ele teve que repetirlos em uma velocidade mais lenta. Após o cancelamento do show em 1967, Lee escreveu a Dozier agradecendo-lhe por iniciar “minha carreira no show business”.
Lee desempenhou um papel em um episódio de Ironside em 1967.
https://www.youtube.com/watch?v=y9PkOR7kCrQ
O Jeet kune do surgiu em 1967. Após filmar uma temporada de The Green Hornet, Lee estava sem emprego e então decidiu abrir o The Jun Fan Gung Fu Institute. A polêmica partida com Wong Jack-man influenciou a filosofia de Lee sobre as artes marciais. Lee concluiu que a luta durou muito tempo e que ele falhou em viver de acordo com seu potencial usando suas técnicas de Wing Chun. Ele então considerou que as técnicas tradicionais de artes marciais eram muito rígidas e formalizadas para serem usadas em lutas de rua. Lee decidiu desenvolver um sistema com ênfase em “praticidade, flexibilidade, velocidade e eficiência”. Ele começou a usar diferentes métodos de treinamento, como musculação para força, corrida para resistência, alongamento para flexibilidade e muitos outros que ele constantemente adaptava, incluindo esgrima e técnicas básicas de boxe. Lee foi influenciado pelo campeão de boxe peso-pesado Muhammad Ali, no qual o footwork ele estudou e incorporou ao seu próprio estilo.
A frase que Lee enfatizava “estilo sem estilo”, consistia em livrar-se da abordagem formalizada que le dizia ser indicativa de estilos tradicionais. Chegou a sentir que o sistema que ele agora chamava de Jun Fan Gung Fu era muito restritivo, e então evoluiu para uma filosofia e arte marcial que ele viria a chamar de Jeet kune do ou o Caminho do Punho Interceptador. É um termo do qual ele se arrependeria mais tarde, porque Jeet kune do implicava parâmetros específicos que os estilos conotam, enquanto a ideia de sua arte marcial era existir fora de parâmetros e limitações.
Stirling Silliphant e o ator James Coburn eram uns dos dois alunos de Lee das aulas de artes marciais, eles eram o roteirista de Hollywood. Mais tarde em 1969, os três trabalharam no roteiro do filme The Silent Flute, e foram juntos em uma busca por locações na Índia. O projeto não foi realizado na época, mas Circle of Iron de 1978, estrelado por David Carradine, foi baseado no mesmo enredo. Em 2010, foi relatado que o produtor Paul Maslansky planejou e recebeu financiamento para um filme baseado no roteiro original de The Silent Flute. Em 1969, Lee fez uma breve aparição no filme Marlowe, escrito por Silliphant, onde interpretou um bandido contratado para intimidar o detetive particular Philip Marlowe, que usa suas habilidades nas artes marciais para cometer atos de vandalização para intimidar Marlowe. No mesmo ano, em The Wrecking Crew ele foi creditado como conselheiro de caratê, a quarta parte da comédia de espionagem de Matt Helm, estrelada por Dean Martin. Também naquele ano, Lee atuou em um episódio de Here Come the Brides e Blondie.
Em A Walk in the Spring Rain em 1970, ele foi responsável pela coreografia de luta estrelado por Ingrid Bergman e Anthony Quinn, e escrita por Silliphant.
Bruce Lee derrotando uma gangue de bandido em O Caminho do Dragão
1971 a 1973: filmes de Hong Kong e descoberta de Hollywood
Em 1971, Lee apareceu em quatro episódios da série Longstreet, escrita por Silliphant. Aonde interpretou Li Tsung, o instrutor de artes marciais do personagem-título Mike Longstreet que foi interpretado por James Franciscus, e alguns aspectos importantes de sua filosofia de artes marciais foram escritos no roteiro. Após a morte de Lee, foi lançada uma série de televisão de sua autoria provisoriamente intitulada The Warrior, em 1971. Lee afirmou no The Pierre Berton Showque que tanto a Paramount quanto a Warner Brothers queriam que ele “estivesse em um tipo de coisa modernizada, e que eles acham que a ideia do faroeste está fora de questão, enquanto eu quero fazer o faroeste”. Mais de acordo com Cadwell, o conceito de Lee foi reformulado e renomeado como Kung Fu, mas a Warner Bros não deu a Lee nenhum crédito. A Warner Brothers afirma que há algum tempo vem desenvolvendo um conceito idêntico, criado por dois escritores e produtores, Ed Spielman e Howard Friedlander em 1969, como afirmado também pelo biógrafo de Lee, Matthew E. Polly.
O motivo de Lee não ter sido escalado foi em parte por causa de sua etnia, e também porque ele tinha um sotaque forte. O papel do monge Shaolin no Velho Oeste foi concedido ao então artista não marcial David Carradine. Lee afirmou em uma entrevista ao The Pierre Berton Showque, que entendia as atitudes da Warner Brothers em relação ao elenco da série: “Eles acham que para os negócios é um risco. Eu não os culpo. Se a situação fosse inversa, e uma estrela americana viesse para Hong Kong, e eu fosse o homem com o dinheiro, eu teria minhas próprias preocupações sobre se a aceitação estaria lá”.
O produtor Fred Weintraub aconselhou Lee a retornar a Hong Kong e fazer um longa-metragem que ele poderia mostrar aos executivos em Hollywood. Então Lee retorna a Hong Kong sem um pouco feliz com seus papéis coadjuvantes nos Estados Unidos. Chegando lá ficuo surpreso em saber que era reconhecido como a estrela do show em The Green Hornet, que tinha sido exibido com sucesso em Hong Kong e era extraoficialmente referido como “The Kato Show” (O Show do Kato). Ele então assinou um contrato para estrelar dois filmes produzidos pela Golden Harvest depois de negociar com o Shaw Brothers Studio e a Golden Harvest.
Lee teve seu primeiro papel principal em The Big Boss, em 1971, que foi grande sucesso de bilheteria na Ásia e o catapultou para o estrelato. Logo depois Fist of Fury em 1972, que quebrou os recordes de bilheteria anteriormente estabelecidos por The Big Boss. Após o término de seu contrato inicial de dois anos, Lee negociou um novo acordo com a Golden Harvest. Um tempo depois Lee formou sua própria empresa, Concord Production Inc., com Chow. Em seu terceiro filme, Way of the Dragon em 1972, ele recebeu o controle total da produção do filme como roteirista, diretor, estrela e coreógrafo das cenas de luta. Já em 1964, Lee conheceu o campeão de caratê Chuck Norris em uma demonstração em Long Beach na Califórnia. Lee apresentou Norris aos cinéfilos como seu oponente, em Way of the Dragon, o confronto deles foi caracterizado como “uma das melhores cenas de luta das artes marciais e da história do cinema”. O papel foi originalmente oferecido ao campeão americano de caratê Joe Lewis. Fist of Fury e Way of the Dragon geraram US$ 100 milhões e US$ 130 milhões em todo o mundo, respectivamente.
De agosto a outubro de 1972, Lee começou a trabalhar em Golden Harvest, Game of Death, seu quarto filme. Filmou algumas cenas, entre elas sua sequência de luta com o astro do basquete americano Kareem Abdul-Jabbar, um ex-aluno de 2,20 metros. A produção foi interrompida em novembro de 1972 quando a Warner Brothers ofereceu a Lee a oportunidade de estrelar Enter the Dragon, o primeiro filme a ser produzido em conjunto por Concord, Golden Harvest e Warner Bros. As filmagens começaram em Hong Kong em fevereiro de 1973 e terminaram em abril de 1973. Após um mês de filmagem, a Starseas Motion Pictures, promoveu Bruce Lee como ator principal em Fist of Unicorn, embora ele apenas tivesse concordado em coreografar as sequências de luta do filme como um favor a seu amigo de longa data Unicorn Chan. Lee planejava processar a produtora, mas manteve sua amizade com Chan. No entanto, apenas alguns meses após a conclusão de Enter the Dragon, Lee morreu em 26 de julho de 1973 faltando dias para o lançamento. Enter the Dragon se tornaria um dos filmes de maior bilheteria do ano e consolidaria Lee como uma lenda das artes marciais. O filme fez US$ 850 000 em 1973 (equivalente a US$ 4 milhões ajustados pela inflação de 2007). Enter the Dragon arrecadou US$ 350 milhões ao redor do mundo. O filme desencadeou uma breve moda nas artes marciais, resumida em canções como “Kung Fu Fighting” e alguns programas de TV.
Bruce Lee lutando como o melhor
Do ano de 1978 até o presente: trabalhos póstumo
O diretor de Enter the Dragon, Robert Clouse, junto com Golden Harvest, reviveu o filme inacabado de Lee Game of Death. Lee tinha filmado mais de 100 minutos de filmagem, incluindo tomadas, para Game of Death antes de as filmagens serem interrompidas para permitir que ele trabalhasse em Enter the Dragon. Além de Abdul-Jabbar, George Lazenby, o mestre de Hapkidô Ji Han-Jae e outro aluno de Lee, Dan Inosanto, também apareceriam no filme, que culminaria no personagem de Lee, Hai Tien enfrentando uma série de desafiadores diferentes em cada andar enquanto caminham através de um pagode de cinco níveis. Por conta de polêmicas, Robert Clouse terminou o filme usando uma imagem semelhante e de arquivo de Lee de seus outros filmes com um novo enredo e elenco, que acabou sendo lançado em 1978. No entanto, o filme remendado continha apenas quinze minutos reais filmagem de Lee (ele imprimiu muitas tomadas malsucedidas) enquanto o resto tinha um sósia de Lee, Kim Tai Chung e Yuen Biao como dublês. A filmagem não utilizada que Lee havia filmado foi recuperada 22 anos depois e incluída no documentário Bruce Lee: A Warrior’s Journey.
Além de Game of Death, outros projetos de filmes futuros foram planejados para apresentar Lee na época. Após o grande sucesso de The Big Boss e Fist of Fury, em 1972 um terceiro filme foi planejado por Raymond Chow na Golden Harvest a ser dirigido por Lo Wei, intitulado Yellow-Faced Tiger. No entanto, na época, Lee preferiu dirigir e produzir seu próprio roteiro para Way of the Dragon. Embora Lee tenha formado uma produtora com Raymond Chow, um filme de época também foi planejado de setembro a novembro de 1973 com o concorrente Shaw Brothers Studio, a ser dirigido por Chor Yuen ou Cheng Kang e escrito por Yi Kang e Chang Cheh, intitulado The Seven Sons of the Jade Dragon.
Em 2015, a Perfect Storm Entertainment juntamente com a filha de Bruce Lee, Shannon Lee, anunciaram que a série The Warrior seria produzida e iria ao ar no Cinemax e o cineasta Justin Lin foi escolhido para dirigir a série. A produção começou em 22 de outubro de 2017 na Cidade do Cabo, África do Sul. A Cinemax renovou a série para uma segunda temporada 10 episódios.
Em 25 de março de 2021, foi anunciado que o produtor Jason Kothari adquiriu os direitos de The Silent of Flute para se tornar uma minissérie, que terá John Fusco como roteirista e produtor executivo.
Obras não produzidas
Ele trabalhou também em vários scripts. Existe uma fita de uma gravação de Lee narrando o enredo básico de um filme provisoriamente intitulado Southern Fist / Northern Leg, mostrando algumas semelhanças com o roteiro enlatado de The Silent Flute (Circle of Iron). Outro roteiro tinha o título Green Bamboo Warrior, ambientado em San Francisco, planejado para ser co-estrelado por Bolo Yeung e ser produzido por Andrew Vajna, qeu depois passou a produzir First Blood. Fotos de testes de roupas também foram organizadas para alguns desses projetos de filmes planejados.
Filmografia
Apesar dos vários filmes que ele fez quando criança, ele só alcançou sucesso a partir da década de 1970 com grandes filmes de ação que o tornaram uma lenda das artes marciais.
Morte
No dia 10 de Maio do ano de 1973, Lee desmaiou no estúdio Golden Harvest, enquanto dublava o filme Operação Dragão. Começou a sofreu convulsões e dores de cabeça e foi imediatamente levado para um hospital de Hong Kong, onde foi diagnosticado com um edema cerebral. Conseguiram reduzir o inchaço com a administração do medicamento manitol. Esses mesmos sintomas que ocorreram em seu primeiro colapso se repetiram no dia de sua morte. Em 20 de julho de 1973, Lee foi a Hong Kong, para um jantar com o ex-James Bond George Lazenby, com quem pretendia fazer um filme. Segundo sua esposa, Linda Lee, Lee encontrou o produtor Raymond Chow às 14 horas em casa, para discutir a realização do filme Jogo da Morte.
Trabalharam até às 16 horas e depois dirigiram juntos para a casa da atriz Lee Betty Ting de Taiwan. Os três passaram o script em casa e, em seguida, Chow se retirou. Mais tarde, Lee se queixou de uma dor de cabeça, e Ting deu-lhe um analgésico denominado Equagesic, que incluía aspirina e meprobamato (um relaxante muscular). Cerca de 19h30min, Lee foi dormir. Quando Lee não apareceu para jantar, Chow chegou ao apartamento, mas não viu Lee acordado. Um médico foi chamado, que passou dez minutos tentando reanimá-lo antes de enviá-lo de ambulância ao hospital. Lee foi dado como morto assim que chegou ao hospital. Não houve lesão externa visível, porém de acordo com relatórios da autópsia, o seu cérebro tinha inchado consideravelmente, passando de 1 400 a 1 575 gramas (um aumento de 13%).
Lee tinha apenas 32 anos. As únicas substâncias encontradas durante a autópsia foram aspirina e meprobamato, componentes do Equagesic. Chow disse em uma entrevista, em 15 de Outubro de 2005 que, Lee morreu de anafilaxia em reação ao medicamento Equagesic. A controvérsia ocorreu quando o doutor Don Langford, que foi médico pessoal de Lee em Hong Kong e o havia tratado durante seu primeiro colapso, acreditava que o “Equagesic não esteve envolvido de modo algum no primeiro colapso de Bruce”. No entanto, o cientista forense, o professor RD Teare, da Scotland Yard que supervisionou mais de mil autópsias, foi o perito superior designado para o caso Lee. Sua conclusão foi que a morte foi causada por um edema cerebral agudo devido a uma reação aos compostos presentes em medicamentos como o Equagesic.
O corpo de Bruce foi levado por sua esposa para a cidade natal de Linda, Seattle. Seu corpo foi enterrado no lote 276 do Cemitério Lakeview. Seu caixão foi carregado no funeral em 31 de Julho de 1973 por Taky Kimura, Steve McQueen, James Coburn, Chuck Norris, George Lazenby, Dan Inosanto, Peter Chin, e seu irmão Robert Lee. A morte de Lee ainda é um tema de controvérsia, porém no programa Autópsia de Famosos, no Discovery Channel, o médico legista norte-americano, Richard Shepherd, concluiu que houve uso excessivo de cortisona, por conta da hérnia de disco que Bruce Lee sofria há 3 anos, gerando uma crise adrenal, por uso excessivo de esteroides.
Filosofia
Por mais que Bruce Lee seja mais conhecido como artista marcial, ele estudou também teatro e filosofia enquanto frequentava a Universidade de Washington. Estudava bastante e tinha lido uma extensa quantidade de livros. Seus livros sobre artes marciais e filosofia são conhecidos pelos seus pensamentos, tendo inclusive sido publicada a sua poesia de tema livre.
Seja água, meu amigo!
Se você deita água num copo, ela se torna o copo.
Se você deita água numa garrafa, ela se torna a garrafa.
A água pode fluir ou pode colidir.
A vida é um processo fluente. E, pelo caminho, coisas desagradáveis ocorrerão. Poderão deixar cicatrizes, mas a vida continua a fluir. É como a água que flui, estagna-se e estraga-se. Não pare! Continue com bravura, porque cada experiência nos ensina uma lição!
Sua filosofia espelhava suas crenças e lutas, embora afirmasse que as artes marciais eram apenas uma metáfora para tais ensinamentos. Acreditava que qualquer conhecimento o levaria ao autoconhecimento e disse que seu método escolhido era a autoexpressão através das artes marciais. Suas influências incluem o taoismo, Jiddu Krishnamurti e o budismo. Quando Little John lhe perguntou, em 1972, qual era sua religião, Lee respondeu: “Nenhuma.” Também em 1972, quando lhe perguntaram se acreditava em Deus, ele respondeu: “Para ser perfeitamente franco, na verdade não”.
Aptidão física
Conhecido pela sua aptidão física e pelo desenvolvimento avançado dos músculos do corpo, seus exercícios e treinamentos de musculação com dedicação tornaram-no tão forte quanto uma pessoa de seu porte poderia ficar. Depois de sua luta com Jack Wong-man em 1965, ele começou a focar totalmente no treinamento de artes marciais. Acreditava que muitos artistas marciais de sua época não passavam tempo suficiente treinando o condicionamento físico. Bruce incluiu, em seus exercícios de condicionamento, todos os elementos da força e da aptidão muscular, da resistência muscular, da resistência cardiovascular e da flexibilidade. Usou técnicas tradicionais de musculação para construir músculos volumosos ou aumentar a massa muscular. No entanto, Lee teve o cuidado de advertir que a preparação mental e espiritual era fundamental para o sucesso do treinamento físico nas habilidades de artes marciais.
Os abdominais de Bruce Lee
De todas as partes do corpo, os seus músculos abdominais eram os mais espetaculares: sólidos como pedra ao toque, profundamente cortados e altamente definidos. Bruce acreditava que para um artista marcial os abdominais eram um dos mais importantes grupos musculares, já que virtualmente todo movimento requer algum grau de trabalho abdominal. A esposa de Lee, Linda Emery, afirma que o seu falecido marido “era um fanático por treinos abdominais. Estava sempre a fazer agachamentos, abdominais, movimentos de cadeira romanos, elevações de perna, e abdominais em V.”
O treino diário abdominal de Lee incluía:
– Torção de cintura — quatro séries de 90 repetições.
– Abdominais (sit-ups) com torções — quatro séries de 20 repetições.
– Elevações de perna — quatro séries de 20 repetições.
– Torções inclinadas — quatro séries de 50 repetições.
– Pontapés em posição de rã — quatro séries de 50 repetições.
Tributos
Desde que alcançou a fama e apesar de ter falecido muito jovem, Bruce Lee está em primeiro no estatuto de maior ícone das artes marciais e bebe do néctar da imortalidade graças a uma série de iniciativas por parte do seu fã-clube, da Fundação Bruce Lee e de diversas marcas de renome, como a Nokia, a Xiaomi, a Hublot, a Casio, a Nike, a ONE Championship e a Chkoudra Paris.
– Celular Nokia N96 Bruce Lee Limited Edition – lançado pela Nokia em 2008. Com o comercial de Bruce Lee jogando tênis de mesa com nunchucks fez furor nas redes sociais.
– Don’t Think, Feel; Be Water; Anger Blinds – lançada pela Chkoudra Paris em parceria com as empresas Bruce Lee em 2012.
– A Hublot assinalou o 75.° aniversário de Bruce Lee com uma coleção de edição limitada ( The Hublot Spirit of Big Bang Bruce Lee ) – Em 2015 a fabricante de relógios de luxo com sede na Suíça.
– No 80.° aniversário de Bruce Lee a Casio lançou o Casio G-shock MR-G Bruce Lee Collaboration Model – lançado em 2022, uma linha de relógios resistentes ao choque.
– A Xiaomi lançou o Redmi K40 Gaming Bruce Lee Edition – lançado em 2021, uma gama de smartphones Android em tributo a Bruce Lee.
– A ONE Championship lançou a ONE x Bruce Lee collection, uma linha de roupa esportiva – lançada em 2021, pela líder asiática das Artes Marciais Mistas.
– A Nike lançou o Nike Kobe 5 Protro Bruce Lee – tem colocado no mercado vários modelos de tênis com a assinatura e as famosas cores de Bruce Lee (amarelo e preto).
Bruce foi também homenageado com estátuas em Los Angeles, em Hong Kong e em Mostar. Ele tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, e outra na Avenida das Estrelas, em Hong Kong. E em Foshan, em um parque temático, há estátua gigante de 18,8 metros na terra ancestral de Lee.
Documentários e Séries têm sido realizados e lançados livros sobre episódios da vida de Bruce Lee e acontecimentos póstumos.
Algumas das séries e documentários sobre ele: Bruce Lee: A Warrior’s Journey (Bruce Lee: A Jornada de um Guerreiro); The Legend of Bruce Lee (Bruce Lee: A Lenda); I am Bruce Lee (Eu sou Bruce Lee); Be Water (Seja Água); Warrior (Guerreiro).
Alguns livros: Bruce Lee: A Life (Bruce Lee: Uma Vida), de Matthew Polly; Bruce Lee: The Man Only I Knew (Bruce Lee: O Homem que Somente Eu Conheci), de Linda Lee; The Warrior Within (O Guerreiro Interior), de John Little; Beyond Bruce Lee (Para Além de Bruce Lee), de Paul Bowman; Striking Distance (Distância de Ataque), de Charles Russo.
Bruce Lee enfrentando gangue em filme
Bruce Lee e seus rápidos golpes
Bruce Lee vs Sammo Hung em Enter the Dragon de 1973
Referências: Wikipedia, IMDB e Imagoi.