Nome: Maria da Conceição Evaristo de Brito
Nasceu: 29 de novembro de 1946 (76 anos), Belo Horizonte, MG
Signo: Sagitário
Altura: 1,72 m
Peso: 89kg Aprox.
Fortuna: Aprox.
Olhos: Pretos
Calçado: 37 Aprox.
Nacionalidade: Brasileira
Criança: 1
Cônjuge/Marido: Oswaldo Santos de Brito
Ocupações: Escritora, poetisa, romancista e ensaísta
Vida Pessoal
Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em 29 de novembro de 1946 em Belo Horizonte, Brasil. Apesar de agora estar aposentada, teve uma carreira de triunfo como pesquisadora acadêmica.
A escritora é uma das figuras literárias pós-modernas mais importantes do Brasil, escrevendo gêneros de romance, poesia, ficção e ensaio. Como pesquisadora-docente, seu trabalho se concentrou na literatura comparada.
Biografia
Sua mãe, Joana Josefina Evaristo, lhe deu a luz na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Segundo relato da própria escritora, trata Anbal Vitorino como sua figura paterna, tornando-se seu padrasto quando ainda era criança.
Conceição passou seus primeiros anos na favela Pindura Saia, comunidade erradicada em 1970, situada na zona sul de Belo Horizonte. Era uma família grande e pobre, com nove irmãos, sendo a segunda mais velha.
Carreira acadêmica e profissional
Dona Joana Evaristo lhe oportunizou a frequentar o jardim de infância e o ensino fundamental em outra parte da cidade, onde havia escolas de maior prestígio, pois acreditava que as escolas na localidade da favela eram menos bem vistas e restringiam sua capacidade de aprender.
Mais à frente, a escritora saiu da favela para conciliar o trabalho de doméstica com os estudos do curso normal. Seu curso foi concluído em 1971, aos 25 anos.
Se muda em 1973, muda -se para o Rio de Janeiro, onde participa e têm êxito num concurso público para o cargo de magistrada e permaneceu filiada às comarcas do município até 2006; neste intervalo, entre 1970 e 1980, também lecionou na escola municipal de Niteróirede.
Prestou vestibular na década de 1987 para letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebendo na época bolsa de pesquisa e se formou em 1990.
Nesse ambiente universitário, ainda em 1980, fez contato com o grupo Quilombhoje, que estimulou Conceição a praticar sua escrita. Seu início na literatura foi em 1990 com obras publicadas na série “Cadernos Negros”, divulgado pela organização.
Entre os anos de 1992 e 1996, fez mestrado em letras-literatura brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – Rio).
Em 1999, obteve licença da Prefeitura do Rio de Janeiro e passou a lecionar na Universidade Federal Fluminense (UFF), mantendo o elo até 2011.
Ingressou no doutorado em letras-literatura concebido da Universidade Federal Fluminense em 2008; seus estudos foram concluídos em 2011.
Após a conclusão do doutorado, atuou no corpo docente em diversas instituições, entre elas Middlebury College, a PUC-Rio, Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e a Universidade de Federal de Minas Gerais (UFMG).
Carreira como escritora
Em suas obras, especialmente o romance “Ponciá Vicêncio”, de 2003, são abordas questões de raça, gênero e discriminação de classe.
“Ponciá Vicêncio”, seu primeiro romance escrito, foi objeto de pesquisa acadêmica pela primeira vez em 2007, no Brasil. O livro foi traduzido e lançado nos Estados Unidos em 2007.
Conceição foi o tópico da Ocupação do Itaú Cultural de São Paulo em 2017. Em 2019, a esccritora foi a celebrada na Bienal do Livro de Contagem.
Em 18 de junho de 2018, Conceição Evaristo anunciou formalmente sua candidatura à Academia Brasileira de Letras ao enviar uma carta de autoapresentação ao candidato à cadeira de número 7, inicialmente apossada por Castro Alves.
Conforme a publicação do Portal da Literatura Afro-Brasileira, a autora escreveu na carta : “Assinalo o meu desejo e minha disposição de diálogo e espero por essa oportunidade”. A apuração aconteceu em 30 de agosto, Conceição acabou recebendo um voto e Cacá Diegues foi declarado eleito.
Obras
Romance
- Ponciá Vicêncio (2003)
- Becos da Memória (2006)
Poema
- Poemas da recordação e outros movimentos (2017)
Contos
- Insubmissas lágrimas de mulheres (2011; 2ª edição pela Editora Malê, 2016)
- Olhos d`água (Editora Pallas, 2014)
- Histórias de leves enganos e parecenças (Editora Malê, 2016)
Participações em antologias
- Cadernos Negros (Quilombhoje, 1990)
- Contos Afros (Quilombhoje)
- Contos do mar sem fim (Editora Pallas)
- Questão de Pele (Língua Geral)
- Schwarze prosa (Alemanha, 1993)
- Moving beyond boundaries: international dimension of black women’s writing (1995)
- Women righting – Afro-brazilian Women’s Short Fiction (Inglaterra, 2005)
- Finally Us: contemporary black brazilian women writers (1995)
- Callaloo, vols. 18 e 30 (1995, 2008)
- Fourteen female voices from Brazil (EUA, 2002), Estados Unidos
- Chimurenga People (África do Sul, 2007)
- Brasil-África
- Je suis Rio, éditions Anacaona, juin 2016.
Obras publicadas no exterior
- Ponciá Vicencio. Trad. Paloma Martinez-Cruz, Austin: Host Publications, 2007.
- L’histoire de Poncia, traduzido por Paula Anacaona, collection Terra, éditions Anacaona. 2015.
- Banzo, mémoires de la favela, traduzido por Paula Anacaona, collection Terra, éditions Anacaona. 2016.
Referências: Wikipedia e Imagoi