Nome: Cleide Freitas Alves Ferreira
Nasceu: 20 de fevereiro de 1922 – São Vicente, SP
Signo: Peixes
Altura: 1,62m Aprox.
Peso: 65kg Aprox.
Fortuna: Não consta
Olhos: Pretos
Calçado: 37 Aprox.
Nacionalidade: Brasileira
Criança: Não consta
Cônjuge/Marido: Dárcio Moreira Alves Ferreira
Ocupações: Autora
Faleceu: 17 de julho de 1995, aos 73 anos em São Paulo, ocasionada por uma insuficiência renal
Biografia
Ivani Ribeiro, nome cultural da asrtista Cleide Freitas Alves Ferreira, nascida em 20 de fevereiro de 1922 na cidade de São Vicente, SP e faleceu em 17 de julho de 1995 em São Paulo, SP. Ivani foi uma atriz de rádio, escritora e autora brasileira de telenovelas, tornando-se uma das mais marcantes autoras da teledramaturgia no Brasil.
A autora que estudou na Escola Normal de Santos, mudou-se para São Paulo para cursar filosofia. Deu início à sua carreira no rádio, onde permaneceu por mais de uma década.
Carreira
1938–51: Radionovelas
Na Rádio Educadora Paulista, passou a dar palestras para apresentar ao público canções folclóricas e samba, e logo ganhou popularidade no rádio com a produção de programas como Teatrinho da Dona Chiquinha e As Mais Belas Cartas de Amor; onde nesse último colocado, Ivani mostrou seu lado como atriz de rádio e fez seu primeiro papel.
Ela também estrelou o programa de música e poesia Hora Infantil, que foi um grande sucesso, adaptou filmes e novelas famosas para o rádio, e também trabalhou como escritora.
Na mesma emissora, produziu o programa infantil com canções e poemas. Mais tarde, mudou-se para a Rádio Difusora, onde trabalhou como cantora, interpretando canções folclóricas e sambas, juntamente com uma orquestra. Também coloborou com o grupo da PRG-2 – Rádio Tupi, em São Paulo.
Em 1940, ela havia entrado para o elenco da Rádio Bandeirantes e para lá se mudou com o marido, o radialista Dárcio Alves Ferreira, com quem tiveram dois filhos, Luís Carlos e Eduardo. Ele também começou a transmitir para o PRH-9, lançando novos programas como o A Hora dos Neófitos para um público mais jovem.
Nesta rádio, atuou como atriz, adaptou peças para radioteatro e lançou diversos programas, entre eles Teatro Romântico baseado em poemas exemplares da literatura brasileira; Os Grandes Amores da História, um drama da vida amorosa de figuras históricas, A Canção que Viveu, dramatização de Canções Brasileiras, etc.
Ivani também foi a primeira brasileira a ter seu próprio programa de rádio, escrevendo e adaptando várias peças para a Rádio Bandeirantes, que leva seu nome: Teatro Ivani Ribeiro.
1952–69: Pioneirismo e primeiras telenovelas
Em 1952 criou a série Os Eternos Apaixonados na pioneira TV Tupi, seu primeiro trabalho nesse meio. A pós dois anos, mudou-se para a TV Record, onde escreveu sua primeira série de TV, A Muralha, baseada no livro de mesmo nome, publicado naquele mesmo ano.
Em 1957, criou a novela Desce o Pano, no mesmo palco. Em 1958, voltou à antiga emissora e produziu uma nova versão de A Muralha. Na época, a autora fazia algum teatro televisionado para diversas rádios, mas o foco principal eram as radionovelas que criava para a Rádio Bandeirantes.
No começo dos anos 60, ela foi contratada pela recém-inaugurada TV Excelsior como uma das editoras do Teatro Nove.
A primeira série diária de Ivani para a TV foi Corações em Conflito, em 1963, dirigida por Dionísio de Azevedo, que adaptou uma história do rádio para um vídeo sobre os problemas que um viúvo passa ao tentar se casar novamente, representado por Carlos Zara.
Foi a primeira novela diária nacional, dado que as duas anteriores foram baseadas em trechos de originais argentinos.
A partir da personalização do texto argentino de A Moça que Veio de Longe (1964), com Rosamaria Murtinho e Hélio Souto, esse último estreando na televisão na época nos papéis principais, o gênero passa a ser uma constante na grade de programação de todas as emissoras do Brasil.
Ivani Ribeiro é exibida nacionalmente às 19h30 na TV Excelsior, que teve sua estréia em 9 de julho de 1960, onde dirige um estilo de trabalho de teledramatúrgico, alternando entre romance e melodrama na segunda metade de 1960, quando redige treze novelas consecutivas com cerca de 1.600 episódios, todos com muito sucesso:
O tema circense Onde Nasce a Ilusão, cuja produção milionária A Indomável se passa na década de 1920, e sua primeira incursão no texto cômico em detrimento do então drama Vidas Cruzadas, que fez sucesso.
Ela contou sobre os conflitos de gêmeos e sócias, tema que se repetiu com frequência na história da dramaturgia televisiva brasileira, a bem-sucedida A Deusa Vencida, A Grande Viagem, que foi um thriller policial, tema este retomado com Anjo Marcado, Almas, de Pedra e As Minas de Prata.
Esta última, se basea no romance homônimo do autor José de Alencar, que iria servir como mais uma adaptação do romance A Padroeira de 2001 de Walcyr Carrasco, Os Fantoches, fundamentado no livro Ten Little Niggers (O Caso dos Dez Negrinhos) de Agatha Christie, a série de romances O Terceira Pecado, A Muralha (com Mauro Mendonça), Os Estranhos, A Menina do Veleiro Azul, que teve problemas de casting devido a uma crise da emissora e Dez Vidas de Wanderley Torrese, baseado em Caminho da Liberdade, livro sobre trajetória de Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, desleal mineiro.
Durante a carreira usou pseudônimos como: Valéria Montenegro em A Moça que Veio de Longe (1964) e Arthur Amorim em O Leopardo (1972), que foi veiculado pela Rede Record por ter contratado a TV Tupi. O primeiro grande sucesso foi a novela de época A Deusa Vencida, de 1965, habituada no final do século 19, mais precisamente em 1895.
Diante de outros, essa novela foi a primeira a ter trilha sonora própria, afamando atrizes como Regina Duarte, trazida pelo diretor de televisão Walter Avancini, e Ruth de Souza, então estreantes.
1970–78: Sucesso na Tupi
Devido falência da TV Excelsior em 15 de outubro de 1970, Ivani Ferreira mudou-se para a TV Tupi, onde obteve grande sucesso no tradicional horário das vinte horas da rival Rede Globo, como Mulheres de Areia (1973), baseado em sua própria antiga radionovelavela, As Noivas Morrem no Ar (1965) e a consagrada atriz Eva Wilma e Os Inocentes (1974), motivada pela peça de A Visita da Velha Senhora Durrenmatt, e sua radionovela A Mulher de Pedra, estrelados por Cleide Yáconis, com Cláudio Correia e Castro.
Durante a novela, deixou o roteiro nas mãos do marido para trabalhar A Barba Azul, também estrelada por Jussara Freire e Carminha Brandão.
O tema de foco também gerou outras novelas como Cavalo de Aço, Fera Radical (as duas de Walther Negrão), Fera Ferida, Avenida Brasil e a trama original de Chocolate com Pimenta.
Contou com a colaboração do professor José Herculano Pires em uma última novela de Lúcia Lambertini no qual esteve envolvida pouco tempo antes de vir a falecer e O Profeta (1977), estrelado por Carlos Augusto Strazzer, que ganhou um troféu da APCA por aquela performance, que também tratou de temas espirituais e místicos (como em Os Outros, A Viagem e O Terceiro Pecado).
Ivani Ribeiro foi assessorada pelo mentor-espírita, psiquiatra, padre e conselheiro do Candomblé, além da participarção da anfitriã Hebe Camargo, do médium Chico Xavier e do arcebispo Paulo Evaristo Arns, de SãoPaulo; a novela foi adaptada em 2006 pela Rede Globo, por Thelma Guedes e Duca Rachid, sob a direção de Walcyr Carrasco, protagonizada por Thiago Fragoso e Paola Oliveira.
Por meio de uma entrevista ao Jornal do Brasil em 28 de janeiro de 1978, ele afirmou: Focalizando a paranormalidade, que considero um assunto fascinante, armo um debate com a doutrina espírita, a Igreja Católica e a parapsicologia. Mas como sou leiga no assunto, sou assessorada por padres, médicos, médiuns e pais-de-santo. Com essa novela, pretendo despertar a consciência de que precisamos tentar uma maior aproximação do homem com Deus, ao mesmo tempo em que apresento, seriamente, uma ilustração do fenômeno.
Em Aritana, em 1978, recebeu ajuda do sertanejo Orlando Villas Bôa para abordar a cultura indígena, as diferenças entre os índios e a chamada sociedade civilizada; aconteceu também em colaboração de Olympio Serra, então professor e gestor do Parque do Xingu.
As gravações só foram realizadas graças ao apoio da Funai e foram feitas no Posto Leonardo no meio da selva e nos estúdios da TV Tupi. No começo, ela foi mal interpretado pelos que notavam ameaçados pelos direitos de reivindicação dos índios, assim como ele queria obter o controle total das terras para o abrigo de sua tribo, como no tema de foco;
A intenção da autora Ivani Ribeiro foi defendida no filme especial O Caso Aritana – Uma Novela à Parte, contando com o diretor de arte da emissora Carlos Zara, os irmãos Vilas-Boas e da maioria do elenco.
Em 1976, escreve o texto de As bruxas, que trata de temas polêmicos da época, como o da psicanálise de Sigmund Freud, além de divórcio e infidelidade, temas vetados pelos censores, o que provocou uma mudança na horário e frequentou sessões de terapia para entender melhor a popularização da grupanálise.
Em 1977, escreveu para a RecordTV um de seus maiores sucessos, O Espantalho, sobre a poluição das praias. No mesmo ano, volta à TV Tupi e escreve Profeta em 1977 e Aritana em 1978.
1980–83: Band e ida para a Globo
Em 1980, quando a TV Tupi vem a falência, Ivani mudou-se com quase todos os roteiristas e atores da emissora anterior para a Rede Bandeirantes, onde escreveu o hit Cavalo Amarelo, estrelado pela atriz e comediante Dercy Gonçalves.
Após sua conclusão, Cavalo Amarelo foi seguido e nomeado Dulcinéa Vai à Guerra, que não teve o mesmo sucesso e foi produzida por Sérgio Jockyman, porque Ivani se recusou a escrevê-la.
Ainda no mesmo ano, foram ao ar os remakes de A Deusa Vencida, estrelado por Elaine Cristina, baseado no romance homônimo de José Mauro de Vasconcelos, juntamente com O Meu Pé de Laranja Lima, que receberam uma terceira versão em 1998, adaptada por Ana Maria Moretzsohn.
Esse foi recebeu uma adaptação cinematográfica criada por Aurélio Teixeira. Ivani escreve Os Adolescentes com a colaboração de seu psiquiatra Paulo Gaudêncio, em 1981.
Pretendendo expor os conflitos da juventude da época e foi substituída por Jorge Andrade, que finalizou a obra para diminuir os conflitos da juventude média e criar novos personagens que antes não estavam nos capítulos criados por Ivani.
Logo que Benedito Ruy Barbosa desiste do roteiro de sua novela Os Imigrantes para voltar à Rede Globo, a direção da Rede Bandeirantes decidiu que Ivani Ribeiro deveria desistir de escrever Os Adolescentes e começa a executar Os Imigrantes.
Apesar do senso criterioso de Ivani em aceitar esse compromisso, a situação causou uma sequência de desentendimentos e um colapso em sua relação com a emissora, da qual ele se demitiu posteriormente.
Em 1982, estreia na Rede Globo, onde perdura sua carreira até sua morte. A novela lançada nesta rede é Final Feliz, com direção de Paulo Ubiratan, Wolf Maia, Mário Márcio Bandarra e produzida por Manuel Alves; destinou-se como a última obra da atriz Elza Gomes, falecida em 1984 em que a interpretação de Stênio Garcia conquistou o prêmio de destaque do ano e da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), no que resultou na contratação do autor pelo governo cearense durante um ano para a promoção do turismo no estado, com cenário de Jorge Moreira, figurino de Zenilda Barbosa e o maquiador Eric Rzepecki.
A obra alcançou um público significativo, promoveu o marketing voltado ao tabagismo, com uma trama que enfoca o amor vivido por pessoas de diferentes idades, bem como uma história policial e uma deficiência mental, em colaboração com o psiquiatra Stanislau Krinsky que além disso retratou traços nordestinos, sendo uma produção exclusiva inédita da casa – e o último trabalho autoral inédito, já que todos os outros foram remakes ou baseados emsuas antigas obras.
A abertura, elaborada por Hans Donner, apresentou uma produção minuciosa: imagens famosas da história do cinema, como presente em E o Vento Levou e Casablanca, com atores famosos como Marilyn Monroe, Rodolfo Valentino e Clark Gable; Na montagem final, estrelas de Hollywood apareceram fantasiadas e assintindo as cenas em um cinema com uma plateia fictícia.
A direção da cerimônia de abertura foi marcada por Roberto Cardim e seu tema musical foi Flagra interpretado por Rita Lee.
1984–95: Remakes e últimos trabalhos
Continuou em Amor com Amor Se Paga (1984) com direção geral de Gonzaga Blota e direção de Atílio Riccó, Jayme Monjardim, Gonzaga Blota, contando também com a produção executiva de Mariano Gati; Já familiarizada com a fictícia cidade de Monte Santo, situada no interior do Rio de Janeiro, com inspiração da peça O Avarento de Molière, que se basea em Camomila e Bem-me-quer de 1972, protagonizada por Ary Fontoura.
A atuação de Gianfrancesco Guarnieri na versão original, marcou a estreia da atriz Cláudia Ohana, papel interpretado por Teresa Teller na versão original, além de Édson Celulari, que foi Marcelo Picchi na versão principal. Conta com a presença de Nicete Bruno e Juca de Oliveira (Yoná Magalhães e Carlos Eduardo Dolabela, na interpretação).
Outro trabalho semelhante foi Hipertensão, de 1986, fundamentado em Nossa Filha Gabriela, de 1971, porém sem alterar a arranjo da história, embora os nomes dos personagens fossem trocados e novas tramas fossem criadas, protagonizada por Maria Zilda papel original Eva Vilma , Cláudio Correia e Castro, Paulo Gracindo e Ari Fontoura com atuação do próprio Cláudio Correia e Castro, Ivã Mesquita e Abraão Farc na novela original;
As cenas que foram feitas fora da Fazenda Santa Lúcia, são produzidas na cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro, e se passam na fictícia cidade de Rio Belo, construída em Guaratiba sob os cuidados do cenógrafo Mário Monteiro.
Foi a estreia dos atores Antônio Callon, Cláudia Abreu, Carla Marins e Eri Johnson; O Sexo dos Anjos de 1989, que incluiu contínuas gravadas na Amazônia e em uma estação de esqui, efeitos visuais com cenografia de Cláudia Alencar, José Cláudio Ferreira dos Santos, Sônia Soares encarregada dos figurinos e Ângela Fróis, diretora de arte, que marcaram o estreia do ator Humberto Martins, baseado em O Terceiro Pecado (1968), que foi sua primeira incursão no sobrenatural – este remake estrelou Isabela Garcia, Felipe Camargo, Bia Seidl e Sílvia Buarque nos papéis da versão original por Regina Duarte, Gianfrancesco Guarnieri, Natália Timberg e Maria Izabel de Lizandra.
O Sexo dos Anjos falhou e trouxe para o presente uma história originalmente ambientada na década de 1920; Baseado no romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz, A Muralha foi transformada em uma minissérie de 49 episódios, nos anos 2000 como parte do 35º aniversário da TV Globo e também do 500º aniversário do Brasil, comemorado em 22 de abril daquele ano.
Adaptado pela dramaturga portuguesa Maria Adelaide Amaral, mais quatro apresentações em 1954, 1958, 1963 (essas últimas aparesentadas para dizer de forma simples, numa época em que as novelas brasileiras ainda não eram comuns no cotidiano) e 1968.
Maria Adelaide relatou os originais escritos por Ivani para o rádio na década de 1950 para fazer uma versão em minissérie da obra, conforme afirma entrevista da autora à revista Istoé Gente, em 2000.
Além disso, escreveu os acervo de A Gata Comeu (1985), uma comédia romântica que se passa no Rio de Janeiro cujo personagem principal já havia sido interpretado por Carlos Zara e Eva Wilma na versão original do filme, Mulheres de Areia, de 1993, viu a adição de O Espantalho, que foi retratada por Guilherme Fontes e Glória Pires na versão de 1993.
A intenção era que a novela substituísse Felicidade, de Manoel Carlos, em junho de 1992, mas devido à gravidadez da atriz Glória Pires, seu lançamento foi adiado em um ano. Em seu lugar, surgiu Despedida de Solteiro, de Walther Negrão.
Em 1994, Christiane Torloni, Antônio Fagundes, Mauricio Matar, Andréia Beltro e Guilherme Fontes interpretaram Eva Wilma, Altair Lima, Tony Ramos, Elaine Cristina e Ewerton de Castro, respectivamente, no remake de A Viagem, que teve inspiração na filosofia de Allan Kardec.
De acordo com dados das livrarias especializadas da época, a publicação deste levou a um aumento de 50% na venda de livros esotéricos. Por outro lado, a novela atraiu críticas de vários movimentos negros, que enviaram cartas à editora denunciando os autores por discriminar os negros ao não retratá-los no céu.
Essas cartas eram baseadas na filosofia de Kardec e se aprofundando na doutrina espírita desde julgamentos de pessoas leigas a estuos fundamentados: Ivani usou esta história para apresentar com gravações – em um campo de golpe de Nogueira, distrito de Petrópolis, no Rio de Janeiro em uma pedreira que já não mais ativa em Nitorái – suas crenças, incluindo o tema central, que aborda a vida após a morte, a comunicação entre os vivos e os mortos através da mediunidade, o renascimento, a sobreposição entre os mundos físico e espiritual, a imortalidade do espírito, a vida eterna, popularcrenças, posses, sessões de viagem no tempo, a diversidade de mundos habitados e a moralidade cristã que perdura.
Para a novela, ambientada no Rio de Janeiro e projetada pela equipe dos estúdios Herbert Richers, na Tijuca, Luis Antônio Calliguri criou 50 cenas e mais de 200 ambientes. O romance também aconteceu na cidade cinográfica projetado por Mário Monteiro e construído em Jacarepaguá.
A novela fez tanto sucesso que superou a então atual novela das oito de Gilberto Braga, Pátria Minha, em termos de métricas de audiência. Solange Castro Neves contribuiu para os dois romances mais recentes, ambos com enorme sucesso de público, além das várias representações das obras gravadas;
Mulheres de Areia nunca recebeu nota inferior a 58 pontos, o que é um fenômeno para a hora das seis. Durante a apresentação da produção na Romênia, o sucesso foi tão grande que o governo decidiu mostrar o capítulo final no dia da eleição para evitar que os eleitores fizessem viagens durante o feriado, o que aumentou a frequência das zonas eleitorais.
As cenas feitas na rua foram filmadas com equipamentos de alta tecnologia nas cidades cinográficas de Jacarepaguá, Angra dos Reis e Tarituba, no litoral sul do estado. Foram então enquadrados pelo newsmate, técnica que permite a gravação contínua das imagens gravadas para chromakey. Os trajes foram criadas por Marília Carneiro e Helena Brício.
A adequação mais recente das obras mais antigas de Ivani Ribeiro foi O Profeta, lançado em 2006. Não foi um remake direto do original, mas foi inspirado por ele de várias maneiras, incluindo o enredo (em contrapartida o cenário do romance original era a década de 1950), e modificação nos nomes de vários personagens.
O cenário da história foi um supermercado que agora se transformou em uma fábrica de cristal (Áurea), pois o cristal é símbolo de clarividência.
O Profeta já havia sido considerado para reprises no passado; especificamente, em 2004, para substituir o romance Chocolate com Pimenta, de Walcyr Carrasco (que foi inspirado em Amor com Amor Se Paga), mas a emissora acabou decidindo-se por Cabocla, escrito por Benedito Ruy Barbosa e recebendo a adaptação de suas filhas Edmara e Edilene Barbosa.
Morte e trabalhos póstumos
Ivani Ribeiro faleceu em 17 de julho de 1995, aos 73 anos, por uma insuficiência renal ocasionado pelo diabetes, exatamente 20 dias após a morte do marido, o autor Dárcio Moreira Alves Ferreira, com quem estava casado há 53 anos. Por conjectura, seu livro mais recente, A Viagem, foi publicado no ano anterior.
Ao sair, deixou dois trabalhos: o último, a novela Quem É Você? produzida em 1996, que trata da vida dos idosos e de uma farsa dos sexos, agrupando figuras que estavam há algum tempo afastados da televisão, como Castro Gonzaga, Norma Geraldy, Alberto Peres, Ênio Santos e Vanda Lacerda, figuras que estavam há algum tempo afastados da televisão.
Vanda Lacerda, estrelado por Cássia Kiss e Elizabeth Savalla (cujo enrredo ela escreveu apenas o argumento e foi composto por sua colaboradora Solange Castro Neves, que escreveu apenas os primeiros vinte e quatro capítulos e foi substituído por Lauro César Muniz) e a minissérie O Sarau, em doze capítulos baseada na obra do autor Machado de Assis, projeto posteriormente arquivado.
Além disso, Ivani Ferreira também escreveu os diálogos para as produções da TV Tupi de A Selvagem (adaptação do filme Alma Cigana de 1964 ) e O Macho, que foram ao ar em 1971 e 1974, obra do autor Sérgio Jockyman.
Esta última foi ajustada de A Indomável, em 1965, pela TV Excelsior, e recebeu uma terceira adaptação nos anos 2000 que foi ao ar pela TV Globo.
Seu título na época era O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco, estrelado por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis (na versão original, foram interpretados por Aracy Cardoso e Édson França, e na adaptação secundária, Maria Isabel de Lizandra e Antônio Fagundes), adaptando um clássico A megera domada, de William Shakespeare. Além disso, escreveu o roteiro de Pantomina, filme dirigido por Roberto Santos.
Ivani já havia adaptado 2.922 contas de exatos, em média uma por dia, além de 1.300 peças para rádio, até o ano de 1980. Sem equipe, ela escrevia dois capítulos de romance por dia, o que seria o dobro do que uma grupo compostos por quatro romancistas produz atualmente.
A autora também foi uma das primeiras a ter seus romances por duas vezes reprisadas durante a sessão Vale a Pena Ver de Novo. Entre elas incluem A Viagem (em 1997 e 2006), A Gata Comeu (em 1989 e 2001) e Mulheres de Areia (em 1996 e 2011), em conjunto com uma segunda reprise de A Viagem, que acabou relançando no mercado a trilha internacional da novela pela Som Livre.
A Viagem 2 (também conhecida como O Retorno) era para ser a continuação da novela lançada em 1994, mas desentendimentos entre os executivos da emissora levaram ao cancelamento do projeto que foi criao em 1998.
Quando o diretor Walter Avancini chegou, ele decidiu adaptar o romance A Indomável de 1974 como O Cravo e uma Rosa em vez do remake de Os Inocentes de 2000 que os autores Marclio Moraes e Tiago Santiago vinham trabalhando.
Enquanto Elizabeth Jhin trabalhava em um potencial remake de O Profeta em 2003, a TV Globo substituiu Chocolate com Pimenta por ” abocla“, e os autores deste romance Duca Rachid e Thelma Guedes receberam crédito pelo remake em 2006.
Uma homenagem à autora foi feita com a segunda adaptação de Mulheres de Areia em 2011, que fez parte das comemorações dos 60 anos da novela no Brasil da TV Globo. Esta celebração incluiu um remake de O Astro de Janet Clair, que foi a primeira novela na televisão no Brasil.
Filmografia
Telenovelas
Ano / Trabalho / Emissora / Escalação / Notas
1954 / A Muralha / RecordTV
1957 / Desce o Pano / RecordTV
1958 / A Muralha / Rede Tupi
1963 / Corações em Conflito / TV Excelsior
1964 / Alma Cigana
1964 / A Gata / Rede Tupi
1964 / Se o Mar Contasse
1964 / Ambição
1964 / A Moça Que Veio de Longe
1964 / A Outra Face de Anita
1965 / Onde Nasce a Ilusão
1965 / A Indomável
1965 / Vidas Cruzadas
1965 / A Deusa Vencida
1965 / A Grande Viagem
1966 / Almas de Pedra / TV Excelsior
1966 / Anjo Marcado
1966 / As Minas de Prata
1967 / Os Fantoches
1968 / O Terceiro Pecado
1968 / A Muralha
1969 / A Menina do Veleiro Azul / – / autora princial
1969 / Os Estranhos
1969 / Dez Vidas1970 / As Bruxas / Rede Tupi
1970 / O Meu Pé de Laranja Lima
1971 / A Selvagem / Rede Tupi
1971 / Nossa Filha Gabriela
1972 / Camomila e Bem-me-quer
1972 / O Leopardo / RecordTV
1973 / Mulheres de Areia
1974 / Os Inocentes
1974 / A Barba Azul / Rede Tupi
1974 / O Machão
1975 / A Viagem
1977 / O Espantalho / RecordTV
1977 / O Profeta / Rede Tupi
1978 / Aritana / Rede Tupi
1980 / A Deusa Vencida
1980 / Cavalo Amarelo / Rede Bandeirantes
1980 / O Meu Pé de Laranja Lima / Rede Bandeirantes
1981 / Os Adolescentes
1982 / Final Feliz / Rede Globo /
1984 / Amor com Amor Se Paga / Rede Globo / Autoria principal (Adaptação e remake) / Remake de Camomila e Bem-me-quer
1985 / A Gata Comeu / Rede Globo / Autoria principal (Adaptação e remake) / Remake de A Barba Azul
1986 / Hipertensão / Rede Globo / Autoria principal (Adaptação e remake) / Remake de Nossa Filha Gabriela
1987 / La Invitación [es] / Canal 13 (Chile) / Autora da história original / Remake de Os Fantoches
1989 / O Sexo dos Anjos / Rede Globo / Autora principal (Adaptação e remake) / Remake de O Terceiro Pecado
1993 / Mulheres de Areia / Redde Globo / Autoria principal (Adaptação e remake) / Remake da original homônima de 1973 e de O Espantalho
1994 / A Viagem / Autoria principal (Adaptação e remake) / Remake da original homônima de 1975
Telenovelas póstumas
Ano / Trabalho / Emissora / Escalação / Notas / Parceiros titulares
1996 / Quem É Você? / Rede Globo / Autora da sinopse / Sinopse inédita deixada antes de sua morte / Solange Castro Neves e Lauro César Muniz
2000 / O Cravo e a Rosa / Rede Globo / Autora da história original / Remake de A Indomável / Walcyr Carrasco e Mário Teixeira
2001 / A Padroeira / Rede Globo / Autora da história original / Remake de As Minas de Prata / Walcyr Carrasco
2006 / O Profeta / Rede Globo / Autora da história original / Remake da original homônima de 1977 / Duca Rachid e Thelma Guedes
Séries
Ano / Trabalho / Emissora / Escalação
1952 / Os Eternos Apaixonados / Rede Tupi / Autora principal
1960 / Teatro 9 / TV Excelsior
Rádio
1938 – A Hora Infantil – Rádio Educadora Paulista
1938 – Teatro da Dona Chiquinha – Rádio Educadora Paulista
1939 – As Mais Belas Cartas de Amor (Como atriz e escritora) – Rádio Tupi de São Paulo
1940 – Os Grandes Amores da História – Rádio Bandeirantes
1942 – Beija-me – Rádio Bandeirantes
1946 – As Minas de Prata – Rádio Bandeirantes
1947 – Mulheres de Bronze – Rádio Bandeirantes
1949 – Orgulho e Preconceito – Rádio Bandeirantes
1955 – A Muralha – Rádio Bandeirantes
1958 – As Noivas Morrem no Mar – Rádio Farroupilha
1959 – A Menina do Veleiro Azul – Rádio Clube Paranaense
1961 – Corações em Conflito – Rádio Tupi
1963 – Ambição – Rádio Tupi
1965 – A Mulher Que Morreu no Mar – Rádio Tupi
1975 – O Egípcio – Rádio Difusora Acreana ZYD-9
1981 – A Mulher de Pedra – Rádio Atlântica
Referências: Wikipedia e Imagoi