Trailer do Documentário – Trabalho Interno
Documentário de 2010, Inside Job relata a crise financeira global de 2007-2008 dirigida por Charles H. Ferguson. Ferguson cita que o filme seja “a corrupção sistêmica dos Estados Unidos pela indústria de serviços financeiros e as consequências da corrupção sistêmica”.
Através de cinco episódios, o filme explora como as modificações no ambiente político e as práticas bancárias ajudaram a criar a crise financeira. Trabalho Interno foi então bem recebido pela crítica que engrandeceu seu ritmo, pesquisa e exposição de material complexo.
Trabalho Interno ganhou o Oscar de melhor documentário de 2011 sendo exibido no Festival de Cannes de 2010 em maio. Contou com entrevistas de George Soros, Barney Frank, Lee Hsien Loong, Christine Lagarde, Eliot Spitzer, Dominique Strauss-Kahn, entre outros.
Em cinco partes dividas o documentário começa examinando como a Islândia estava altamente desregulada em 2000 e a privatização de seus bancos. Quando o Lehman Brothers foi à falência e o AIG entrou em colapso, a Islândia e o resto do mundo entraram em uma recessão global.
Informações gerais
Direção: Charles H. Ferguson
Produção: Charles H. Ferguson / Audrey Marrs
Produção executiva: Jeffrey Lurie / Christina Weiss Lurie
Roteiro: Charles H. Ferguson
Narração: Matt Damon
Gênero: documentário
Música: Alex Heffes
Cinematografia: Svetlana Cvetko / Kalyanee Mam
Edição: Chad Beck / Adam Bolt
Distribuição: Sony Pictures Classics
Idioma: inglês
Orçamento: US$ 6.000.000
Receita: US$ 7.871.522
Sinopse
Parte I: Como chegamos aqui
Ente 1940 a 1980 a indústria financeira americana estava regulada, nos anos seguintes houve um longo período de desregulação. Nos últimos anos da década de 1980, a crise de empréstimo e da economia custou aos contribuintes cerca de 124 bilhões de dólares. No término da década de 1990, foi consolidado o setor financeiro em algumas enormes firmas . Já em 2001,feitas as promoções de investimentos dos bancos em companhias da Internet a bolha pontocom explodiu, nesse contexto sabiam que faliriam, resultando em 5000 bilhões de dólares em perdas de investidores. O aumento da instabilidade nos anos 90 ,ocorre pelo os derivativos que se tornaram populares na indústria. Contrários esforços em regular derivativos foram feitor pelo Commodity Futures Modernization Act of 2000, apoiado por vários funcionários-chave. Nos anos 2000, a indústria foi dominada por cinco bancos de investimento: (o Goldman Sachs, o Morgan Stanley, o Lehman Brothers, o Merrill Lynch e o Bear Stearns), dois conglomerados financeiros (o Citigroup, o JPMorgan Chase), três companhias de seguro securitizadas (AIG, MBIA, AMBAC) e as três grandes agências de classificação de risco de crédito: (Moody’s, Standard & Poors e Fitch).
Os bancos de investimento aglutinaram hipotecas com outros empréstimos e débitos em obrigações de dívida colateralizada (CDOs), que eles venderam aos investidores. As agências de classificadoras deram a muitos CDOs avaliações AAA. Os empréstimos subprime levaram ao empréstimo devastador. Muitos proprietários de residência receberam empréstimos, cujos eles nunca poderiam saldar.
Abertura do Documentário Inside Job.
Parte II: A Bolha (2001-2007)
Ao longo da explosão pela busca da habitação, a proporção de dinheiro pedida emprestada por um banco de investimento versus os próprios ativos do banco alcançaram níveis sem precedentes. A troca padronizada de créditos (CDS), era aparentada à uma política securitária. Os especuladores poderiam comprar CDSs para apostar contra CDOs que não possuíam. Numerosos CDOs foram alicerçados por hipotecas subprime. O Goldman-Sachs se arriscam e vendem mais ações do que valem. Venderam os 3000 milhões de dólares de CDOs no primeiro semestre de 2006. O Goldman também apostou contra os CDOs de baixo valor, dizendo aos investidores que eram de alta qualidade. As três maiores agências de classificação contribuíram para o caos. Os instrumentos de classificação subiram direto de um mero punhado em 2000 para mais que 4.000 em 2006.
Cena do documentário -Trabalho Interno.
Parte III: A Crise
Bancos de investimento foram deixados com centenas de milhares de milhões de dólares em empréstimos com a crise do mercado de CDO e o estado real que eles não poderiam se desfazer .O Bear Stearns ficou sem dinheiro em espécie com a Grande Recessão que começou em novembro de 2007 e em março de 2008. O governo tomou o controle do Fannie Mae e o Freddie MacEm setembro, pois estavam à beira do colapso. Mais adiante, o Lehman Brothers colapsou. Todas estas entidades tinham classificações AA ou AAA dias antes de serem socorridas. Bank of America adquiriu o Merrill Lynch, na extremidade do colapso. Henry Paulson e Timothy Geithner decidiram que o Lehman deveria entrar em falência, o que resultou em uma crise do mercado de notas promissórias. Em 17 de setembro, o AIG também foi assumido pelo governo. No dia seguinte, Paulson e o presidente do Fed, Ben Bernanke, pediram ao Congresso US$ 700 bilhões para socorrer os bancos. O sistema financeiro global estagnou. O presidente Bush assinou o Troubled Asset Relief Program na tentativa de salvar a situação financeira, em 3 de outubro de 2008, mas os mercados de ações globais continuaram a despencar. Demissões e embargos continuaram com o desemprego crescendo a 10% nos EUA e na União Europeia. No decorrer de dezembro de 2008, a GM e a Chrysler também enfrentaram a falência. Os embargos nos EUA atingiram níveis sem precedentes.
Parte IV: Responsabilidade
Os altos executivos das companhias arruinadas se afastaram com suas fortunas pessoais intactas. Eles haviam escolhido de forma minuciosa seu quadro de diretores, que entregava bilhões em bônus após o socorro do governo. Os maiores bancos cresceram em força e duplicaram os esforços anti-reforma. A política dos EUA teve influência dos economistas acadêmicos que tinham defendido por décadas a desregulação. Eles ainda foram contrários à reforma depois da crise de 2008. Algumas das empresas de consultoria envolvidas foram a Analysis Group, a Charles River Associates, a Compass Lexecon, e o Grupo Consultivo de Economia e Direito (LECG).Vários destes economistas tinham conflitos de interesse, coletando dinheiro como consultores de companhias e de outros grupos envolvidos na crise financeira.
Cenas do documentário – Trabalho Interno.
Parte V: Onde estamos agora
Foram demitidos dezenas de milhares de trabalhadores de fábrica dos EUA. As novas reformas financeiras da administração Obama foram insuficientes e não havia nenhuma regulação importante sobre as práticas de agências de classificação, lobistas e compensação executiva. Secretário do Tesouro foi Geithner. Feldstein, Tyson e Summers também foram altos conselheiros econômicos de Obama. Bernanke foi redirecionado à presidência do Fed. As nações europeias impuseram regras limitantes na compensação bancária, mas os EUA não se submeteram a estas.
Entrevista com Charles H. Ferguson, produtor.
Recepção
O documentário recebeu avaliações positivas, alcançando uma classificação de 97% no site dos Rotten Tomatoes.”Um documentário raivoso bem fundamentado sobre como a indústria financeira americana demonstrou deliberadamente espoliar o investidor americano ordinário” foi o que descreveu Roger Ebert. A.O. Scott do New York Times escreveu que “Mr. Ferguson tinha convocado a força moral flagelante de um sermão de sacudir o púlpito. Ao que ele entrega com rigor, restrição e bom humor faz deste caso todo o mais devastador.” Já Logan Hill da revista Vulture da New York, caracterizou o filme como um “documentário indignado de tirar o fôlego”, observando a “presença efetiva” do narrador Matt Damon. Do The Guardian Peter Bradshaw citou que o filme era “de prender a atenção tanto quanto qualquer suspense.” Ele prosseguiu dizendo que era obviamente influenciado por Michael Moore, descrevendo-o como “um filme de Moore com aos truques e piruetas removidas.”
Em uma exibição especial no Festival de Cannes 2010O o filme foi selecionado. Um revisor escrevendo de Cannes caracterizou o filme como “um história complexa muito bem contada e com uma grande dose de raiva sem interrupção.”
A crítica de que o filme teria sido intelectualmente incoerente e impreciso foi da revista política conservadora The American Spectator, acusando Ferguson de responsabilizar “um bando de pessoas más com pontos de vista econômicos e políticos à direita do seu”. A economista Leda Maria Paulani criticou também o filme que não mostrou a dubiedade entre graduados em gerenciais que trabalham no meio acadêmico e prestam serviços para empresas e e faltou descrever a sociedade que facilita que haja uma diferença muito tênue entre crime organizado e oferta de serviços financeiros.
Prêmio do Oscar de melhor Documentário.
Prêmios
Prêmio / Data da cerimônia / Categoria / Resultado
- Óscar / 27 de fevereiro de 2011 Melhor / documentário / Venceu – foi agraciado por Charles H. Ferguson e Audrey Marrs
- Chicago Film Critics Association Awards / 20 de dezembro de 2010 / Melhor documentário / Indicado
- Directors Guild of America Awards / 29 de dezembro de 2010 / Melhor documentário / Venceu
- Gotham Independent Film Awards / 29 de novembro de 2010 Melhor / documentário / Indicado
- Las Vegas Film Critics Society Awards / 16 de dezembro de 2010 / Melhor documentário / Indicado
- Online Film Critics Society Awards / 3 de janeiro de 2011 / Melhor documentário / Indicado
- Phoenix Film Critics Society Awards / 28 de dezembro de 2010 / Melhor documentário / Indicado
- Writers Guild of America Awards / 5 de fevereiro de 2011 / Roteiro de melhor documentário / Venceu
Fonte/ Referências: Wikipedia e IMDB. Além de pesquisa do site Imagoi.
Fotos/ Elenco